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Sonhos.

sábado, 30 de outubro de 2010


Quando passamos a vida sonhando com algo, quando chegamos lá, se somos humanos, imediatamente começamos a sonhar com outras coisas.


Mas e quando o sonho se transforma em pesadelo? O que fazer?


Talvez nós aceitamos que o sonho se tornou pesadelo. Dizemos a nós mesmos que a realidade é melhor. Nos convencemos que é melhor que não sonhemos nunca. Mas, o mais forte de nós, o mais determinado se mantém apegado ao sonho ou então nos encontramos contra todas as possibilidades, nos sentindo esperançosos. E, se somos sortudos, nos damos conta no limite de tudo, no limite da vida, que o verdadeiro sonho é apenas ter a habilidade de sonhar.

Desejos.



Na maior parte das vezes, aquilo que você mais quer é aquela coisa que você não pode ter. O desejo nos parte o coração, nos esgota. O desejo pode ferrar com tua vida. E por mais duro que seja querer muito uma coisa, as pessoas que sofrem mais são aquelas que sequer sabem o que querem.


                                                                                                       



Sobre C & E.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Você disse “Oi”; eu respondi.
Você não tinha mais cigarros; eu ofereci.
Você queria andar;  corremos.
Você queria beijar; eu também.
Você tinha medo; eu não.
Você tinha algo; eu não tinha ninguém.
Você me beijou. Você me beijou.
Eu queria beijar; você não sabia mais.
Eu queria correr, você fugiu.
Eu tinha você; você não queria nada.
Eu disse “Oi”; você disse “Adeus”.
Eu tenho tantos cigarros; você nem fuma mais.
Queria que você ligasse; você não ligou.
Queria que você falasse; você se calou.
Queria que o tempo passasse; você voou.
A: Vamos nos encontrar?
B: Já nos encontramos. Inclusive, já nos perdemos.
A: Vamos tentar!
B: Já tentamos, mais de uma vez. Vamos parar por aqui?
A: Estamos parados há muito tempo.
B: Então, vamos deixar tudo como está.
A: Não podemos. Já mudamos tudo.
B: Vamos fazer o quê?
A: Não sei, me liga.

Histórias.

sábado, 16 de outubro de 2010


Às vezes as pessoas tentam re-escrever suas próprias histórias. Podemos ignorar tudo isso que queremos, mas nossas histórias sempre voltam para nos buscar. Algumas pessoas acreditam que, sem história, nossas vidas se resumem em nada. Em algum momento, temos que escolher: regredimos ao conhecido, ou damos um passo a frente a algo novo? É difícil não ser caçado pelo nosso passado. Nossa história é o que nos dá forma... o que nos guia. Ela ressurge de tempo em tempo. Então, temos que lembrar que às vezes, a história mais importante é a que estamos fazendo hoje.

Aprendendo com o que nos fere.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010
As pessoas possuem cicatrizes. Em todos os tipos de lugares inesperados. Como mapas secretos de suas historias pessoais. Diagramas de suas velhas feridas. A maioria de nossas feridas podem sarar, deixando nada além de uma cicatriz. Mas algumas não curam. Algumas feridas podemos carregar conosco a todos os lugares, e embora o corte já não esteja mais presente há muito, a dor ainda permanece.


O que é pior, novas feridas que são horrivelmente dolorosas ou velhas feridas que deviam ter sarado anos atrás mas nunca o fizeram? Talvez velhas feridas nos ensinem algo. Elas nos lembram onde estivemos e o que superamos. Nos ensinam lições sobre o que evitar no futuro. É como gostamos de pensar. Mas não é o que acontece, é? Algumas coisas nós apenas temos que aprender de novo, e de novo, e de novo...

Zélia está sobrecarregada.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010
No último mês muita coisa mudou na minha vida. Nessas últimas semanas que passaram voltei ao passado um milhão de vezes e procurei um singelo motivo para não fazer certas coisas. Quer saber? Não encontrei. Fiz. Deletei pessoas que eu considerava parte de mim.


Eu ainda estou inteira.


Quem me conhece (poucas, pouquíssimas pessoas) sabem que eu não sou nem nunca fui assim. Sempre compreendi, relevei ou ignorei os erros  e vacilos alheios. Por muitas vezes, chorei e até sofri junto. Passei milhares de vezes a mão na cabeça de quem fingia querer o meu bem. To falando mentira? Sou uma boa amiga. Admito que nem sempre presente, mas sempre disponível.


Eu não quero estar perto, e já nem tenho mais paciência com pessoas que estão sempre querendo competir comigo.  Estar perto é diferente de estar dentro em uma corrida louca por um prêmio invisível.


Cansei de contar meu planos e minhas conquistas para alguém que diz simplesmente: Tá, legal!


Eu não me sinto fria, muito pelo contrário, essa carência de amizade só me faz mais apegada as pessoas.


As pessoas certas.

Na imensidão do mundo.

domingo, 10 de outubro de 2010
Acordo de noite subitamente. E o meu relógio ocupa a noite toda. Não sinto a Natureza lá fora, o meu quarto é uma coisa escura com paredes vagamente brancas. Lá fora há um sossego como se nada existisse. Só o relógio prossegue o seu ruído. E esta pequena coisa de engrenagens que está em cima da minha mesa abafa toda a existência da terra e do céu.


Quase que me perco a pensar o que isto significa, mas estaco, e sinto-me sorrir na noite com os cantos da boca, porque a única coisa que o meu relógio simboliza ou significa é a curiosa sensação de preencher a noite enorme com a sua pequenez, assim como eu tenho preenchido a imensidão do mundo, com a minha.

Alguém.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Ao final do dia, quando tudo termina, tudo que a gente mais quer é estar perto de alguém. Então essa coisa onde a gente mantém distância e finge não importar com os outros é geralmente besteirada. Então nós escolhemos aqueles que queremos permanecer próximos e, uma vez que escolhemos tais pessoas, tendemos a manter contato. Não importa o quanto machuquemos elas - as pessoas que ainda estão contigo ao final do dia, estas são aquelas que vale a pena manter. E, claro, às vezes próximo pode ser próximo demais. Mas, às vezes, aquela invasão de espaço pessoal pode ser exatamente aquilo que você precisa.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Na generalidade.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010
As pessoas representam o papel que a sociedade espera delas: casam, trabalham, têm filhos, fundam um lar, votam, tentam mostrar-se perfeitas e respeitar as leis. Mas cada uma delas - homens, mulheres, crianças - possui uma vida secreta da qual raramente falam e que quase nunca chegam a revelar. E esta vida secreta, para cada um de nós, encontra-se povoada de fantasias ardentes, necessidades incríveis e desejos sufocantes. 



Que não são vergonhosos em si, mas que nos ensinaram a considerar como tal.

Esperar.

Todos nós guardamos segredos, nós temos que fazê-lo, mas nem todos os segredos podem ser guardados. Em algumas maneiras, traição é inevitável. Quando traimos uns aos outros, o caminho para a recuperação não é claro. Fazemos o que quer que seja para reconstruir a confiança perdida. E há algumas feridas, algumas traições... que são tão intensas, profundas, que não há como reparar o que foi perdido. E quando isso ocorre, não há nada a se fazer a não ser esperar.