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segunda-feira, 9 de maio de 2011
Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo. Eu bati a 200 km por hora e estou voltando á pé pra casa, louca. Eu sei, não precisa me dizer outra vez. Era uma diversão, uma paixonite, um jogo entre adolescentes. Talvez este seja o ponto. Talvez eu não seja forte o suficiente para brincar tão longe do meu computador, do meu quarto, dos meus livros. Onde é que eu estava com a cabeça, de acreditar em contos de fada, de achar que a gente muda o que sente, e que bastaria apertar um botão que as luzes apagariam e eu voltaria a minha vida satisfatória, sem sequelas, sem registro de ocorrência? Eu não amei aquele cara. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada. Não era amor, era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois desocupados. Não era amor, eram dois corpos solitários. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era verão. Não era amor, era sem medo. Não era amor, era Melhor.

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